Os BRICS estão acelerando os planos para abandonar o dólar em favor de moedas nacionais, enquanto o embaixador do Brasil na Índia esclarece a direção de uma moeda unificada e sinaliza mudanças financeiras abrangentes.
Diplomata Sênior Brasileiro Aborda Perspectiva da Moeda BRICS Antes da Cúpula de 2025
O crescente impulso entre as economias emergentes para reduzir a dependência do dólar americano levou a um aumento do interesse em usar moedas nacionais para o comércio, juntamente com especulações sobre uma moeda unificada do BRICS. O embaixador do Brasil na Índia, Kenneth Felix Haczynski da Nobrega, afirmou em uma entrevista publicada pelo The Hindu em 5 de julho que o BRICS não introduzirá uma moeda comum durante sua cúpula de 2025 no Rio de Janeiro.
À medida que mais países consideram alternativas aos sistemas baseados no dólar, os BRICS estão incentivando o comércio intra-grupo usando moedas domésticas de forma voluntária. Abordando o discurso mais amplo, Nobrega explicou:
Falar de uma moeda BRICS... isso é algo que não existe, e não estamos a prever criar uma moeda BRICS no futuro próximo. O que estamos a imaginar é estimular as empresas dos países BRICS a adotarem moedas locais como uma opção para realizar comércio.
A cimeira, realizada no Brasil, contará com a participação de novos membros admitidos, incluindo Egito, Etiópia, Irão, Emirados Árabes Unidos e Indonésia. O Primeiro-Ministro indiano Narendra Modi estará presente, embora os presidentes da Rússia e da China estejam ausentes.
A ideia de uma moeda comum do BRICS originou-se do objetivo compartilhado do bloco de reduzir a dependência do dólar americano e aumentar a autonomia financeira. Esta iniciativa foi motivada principalmente pelo desejo de criar uma ordem econômica global mais equilibrada e proteger as economias dos membros de vulnerabilidades relacionadas ao dólar. O Brasil defendeu a ideia para facilitar o comércio intra-bloco, enquanto a Rússia a apoiou como uma forma de contornar sanções ocidentais. No entanto, diferenças internas entre os membros, incluindo diversidade econômica e preocupações sobre o controle da política monetária, levaram ao ceticismo, especialmente por parte da Índia e da África do Sul. Como resultado, o bloco mudou o foco para promover o comércio em moeda local e sistemas de pagamento alternativos.
Com o crescente interesse na diversificação de moedas em todo o Sul Global, os BRICS estão explorando sistemas de pagamento localizados sem propor mudanças estruturais na ordem monetária global. Nobrega observou que isso reflete arranjos existentes, como aqueles dentro do bloco comercial sul-americano MERCOSUR, onde moedas locais têm sido usadas por mais de 25 anos.
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Embaixador do Brasil na Índia aborda especulação sobre moeda do BRICS
Os BRICS estão acelerando os planos para abandonar o dólar em favor de moedas nacionais, enquanto o embaixador do Brasil na Índia esclarece a direção de uma moeda unificada e sinaliza mudanças financeiras abrangentes.
Diplomata Sênior Brasileiro Aborda Perspectiva da Moeda BRICS Antes da Cúpula de 2025
O crescente impulso entre as economias emergentes para reduzir a dependência do dólar americano levou a um aumento do interesse em usar moedas nacionais para o comércio, juntamente com especulações sobre uma moeda unificada do BRICS. O embaixador do Brasil na Índia, Kenneth Felix Haczynski da Nobrega, afirmou em uma entrevista publicada pelo The Hindu em 5 de julho que o BRICS não introduzirá uma moeda comum durante sua cúpula de 2025 no Rio de Janeiro.
À medida que mais países consideram alternativas aos sistemas baseados no dólar, os BRICS estão incentivando o comércio intra-grupo usando moedas domésticas de forma voluntária. Abordando o discurso mais amplo, Nobrega explicou:
A cimeira, realizada no Brasil, contará com a participação de novos membros admitidos, incluindo Egito, Etiópia, Irão, Emirados Árabes Unidos e Indonésia. O Primeiro-Ministro indiano Narendra Modi estará presente, embora os presidentes da Rússia e da China estejam ausentes.
A ideia de uma moeda comum do BRICS originou-se do objetivo compartilhado do bloco de reduzir a dependência do dólar americano e aumentar a autonomia financeira. Esta iniciativa foi motivada principalmente pelo desejo de criar uma ordem econômica global mais equilibrada e proteger as economias dos membros de vulnerabilidades relacionadas ao dólar. O Brasil defendeu a ideia para facilitar o comércio intra-bloco, enquanto a Rússia a apoiou como uma forma de contornar sanções ocidentais. No entanto, diferenças internas entre os membros, incluindo diversidade econômica e preocupações sobre o controle da política monetária, levaram ao ceticismo, especialmente por parte da Índia e da África do Sul. Como resultado, o bloco mudou o foco para promover o comércio em moeda local e sistemas de pagamento alternativos.
Com o crescente interesse na diversificação de moedas em todo o Sul Global, os BRICS estão explorando sistemas de pagamento localizados sem propor mudanças estruturais na ordem monetária global. Nobrega observou que isso reflete arranjos existentes, como aqueles dentro do bloco comercial sul-americano MERCOSUR, onde moedas locais têm sido usadas por mais de 25 anos.